Aos 33 anos, a professora potiguar Débora Seabra ganhou o Prêmio Darcy Ribeiro de Educação 2015, em Brasília. O que faz dessa educadora merecedora de tão importante prêmio promovido pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados? Além de ser a primeira professora com síndrome de Down do país, ela foi considerada exemplo no desenvolvimento de ações educativas no Brasil.

Atuando há dez anos como educadora, ela viaja por todo o Brasil, além de Argentina e Portugal, para falar sobre o combate ao preconceito na sala de aula. Depois de tantas palestras, Débora recebeu um convite muito honroso de fazer uma palestra na ONU, do Dia Internacional da Síndrome de Down.

 

 

Para Laísa Palhano, mãe de uma das ex-alunas de Débora, “existe um ganho mútuo, tanto de Débora, que trabalha aprendendo e se sentindo incluída, como para (sua filha) Rebeca , que aprende a enxergar a vida com uma maneira diferente, ainda muito inocente, muito imatura (…) Acaba que o processo de inclusão aconteceu de maneira natural.”

Em 2013, ela lançou o seu primeiro livro, chamado “Débora conta histórias”, recheado de fábulas infantis.

 

Formada pela Escola Estadual Professor Luis Antônio, em Natal (RN), com estágio na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), hoje atua na Escola Doméstica, um colégio particular da sua cidade.

Margarida Seabra, advogada e mãe de Débora, sempre quis que a filha estudasse em escola regular. “Escola especial é complementar à escola regular. (…) Lembro quando ela começou na escola e percebeu que estava mais atrasada que os outros. A gente falava francamente, sempre houve um diálogo muito aberto com ela. ‘Quem tem síndrome de Down aprende mais devagar. Então não tem que achar ruim porque você está mais atrasada. Daqui a pouco você chega junto’”, explica a mãe.

 

 

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