Aqueles que podem, estão confinados dentro de casa – saindo apenas para o necessário – há mais ou menos 60 dias. Ou, pelo menos, este seria o ideal para ajudar a achatar essa curva de infectados que cresce a cada dia no Brasil (e em outros países).

A pandemia trouxe uma enorme preocupação com a higiene pessoal e a higienização das coisas. O confinamento aumentou a preocupação com a saúde do corpo e o isolamento fez crescer e deu destaque à saúde da mente.

Temas sobre saúde mental, autoconhecimento e meditação já estão dominando o mercado há alguns anos. Nunca se falou tanto em mindfulness – expressão em inglês que significa atenção. Ou seja, praticar o ato da atenção plena em relação à suas atividades no dia a dia.

No entanto, uma pergunta que vem permeando a minha cabeça há algum tempo em relação a tudo que vejo sobre este tema é: o quanto você para em seu dia para exercitar sua mente?

 

 

Não faltam cursos, vídeos, influenciadores, blogueiras e até mesmo coach abordando o assunto e incentivando a prática. Assunto e conteúdos em alta não faltam, mas e você? Tem estado presente em suas práticas?

E em meio à crise mundial que vivemos, e especialmente no Brasil, o que mais tem me preocupado é isso: a saúde mental.

Recebemos, o tempo todo e por diferentes meios, uma enxurrada de informações sobre os desastres do governo, sobre o número de mortes e infectados pela Covid-19, e ainda temos que lidar com nossas questões pessoais: como educar os filhos em casa e cuidar do pet; remanejar o orçamento, diante da redução do salário; lidar com a demissão, inevitável diante do cenário econômico; passar mais tempo com seu companheiro ou companheira, confinados, e administrar os conflitos que surgem. E o pior, encarar a dor por ter perdido alguém para o vírus.

Nos últimos meses tenho recebido mensagens sobre: crises de pânico, divórcio, tristezas, angústia, tédio e medo. Como enfrentar essa tempestade que parece não cessar?

Apesar do desespero que bate, a boa notícia é que podemos aprender a lidar com todas estas emoções com apenas dois aliados: mente e persistência. Cérebro todos nós temos – check!
Agora é botar pra exercitar um pouquinho por dia.

 

A meditação nos torna capaz de enfrentar as piores emoções sem que entremos em desespero. Não é deixar de sentir e sim, aprender a controlar o que sentir!

 

Além do autoconhecimento, a meditação é capaz de aumentar nossa imunidade e tem poder anti-inflamatório e analgésico, conforme concluiu Perla Kaliman, membro do Instituto de Pesquisa Biomédica de Barcelona e responsável por uma pesquisa que foi feita lá em 2013. De lá pra cá outras centenas de pesquisas já foram realizadas e comprovadas.

 

Um dos efeitos positivos da meditação é que ela provoca alterações físicas no cérebro, como o aumento da massa cinzenta, parte responsável pelo aprendizado, raciocínio, memória e concentração.

 

Isso é só um recorte do tanto de benefícios que a meditação pode trazer, além de mais empatia, menor irritabilidade e ansiedade. Saldo 100% positivo!

 

E diante do cenário que estamos vivendo atualmente, estes resultados são o que a gente mais precisa: mais empatia, mais paciência, menos ansiedade e mais foco em nossas atividades.

 

Para ganhar músculos, é preciso praticar sempre os mesmos exercícios repetidamente, não é mesmo? Para aprender alemão, é preciso praticar constantemente, certo?

 

 

Então, por que achar que nosso cérebro não precisa ser exercitado? O cérebro não é um músculo, mas tem plasticidade, ou seja, ele é moldável de acordo com as experiências individuais.

 

Pratique, respire consciente e mantenha sua mente sã. Dê essa chance à você.

O momento está pedindo mais do que nunca.

 

 

DICAS PARA VOCÊ COMEÇAR A MEDITAR HOJE MESMO:

 

  1. Programe um horário para meditar todos os dias e coloque um alarme em sua agenda para que possa lembrar. Utilize o celular também para cronometrar o tempo da sua meditação. Tempo indicado para iniciantes é de 05 à 10 minutos, duas vezes ao dia.

 

  1. Arranje um cantinho sossegado (seu quarto, sua sala) na sua casa onde possa estender uma toalha (ou uma canga) ou aquele tapetinho utilizado para yoga e pilates (o match). Utilize uma almofada para sentar-se, da metade para frente (conforme imagem abaixo). Para quem não tem, pode praticar na cadeira. O importante é sentar e manter as costas eretas. Quem não pode sentar por questões de saúde, pode praticar deitado também. Só não vale dormir!
    Tenha certeza de que não será interrompido. Desligue a internet se possível para não se distrair com o barulhinho das notificações. Combine com as pessoas que moram contigo e peça para te darem esse tempinho! É tão rapidinho, né?

 

  1. Não coloque música e nem acenda incenso. A intenção é concentrar-se, então evite elementos que possam te distrair (sons e cheiros), afinal, a ideia é focar nos próprios sons e aromas que naturalmente estarão, inevitavelmente, em seu ambiente.
    Comece com 03 respirações profundas, inspirando pelo nariz e soltando o ar pela boca. Solte tudo até sentir o baixo abdômen contrair. Deixe a respiração fluir naturalmente e faça contagens de 01 à 10. Preste atenção na sua respiração e a cada vez que se distrair com pensamentos aleatórios, recomece a contagem. Continue até o seu alarme despertar!

 

Este é apenas um exemplo de algumas técnicas simples que podemos praticar durante a meditação. Com o tempo é possível evoluir e aumentar o seu tempo!

 

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