Essa pergunta é tão importante e necessária na vida profissional mas, por ser usada frequentemente em um contexto negativo, acabamos não conseguindo construir bons relacionamentos, algo fundamental para o nosso sucesso na carreira.

 

No livro “Como ter um dia ideal”, a autora, Caroline Webb, diz:

 

“Na falta de informações adicionais, tendemos a ver os estranhos como ameaça em potencial.

 

‘O seguro morreu de velho’, dizem os circuitos de sobrevivência do cérebro. Mas assim que adquirimos a sensação de que a outra pessoa é, de alguma forma, parecida conosco – na política, na origem, nos interesses -, começamos a relaxar e, subconscientemente a tratamos como um aliado em potencial. Na descrição dos cientistas, passamos a ver aquela pessoa como parte do nosso ‘grupo’.”

 

Mas, além de sabermos quem é o outro, precisamos conhecer a nós mesmos, nossos interesses, gostos, pontos positivos etc. A partir daí, podemos conectar assuntos e, assim, criar o sentimento de grupo. Por isso, observar a si mesmo, seus pensamentos, sentimentos e suas reações é um exercício essencial para construir relações positivas no trabalho e fora dele. Fazer um diário, anotando o que deixa você feliz e o que incomoda também é uma excelente ferramenta de autoconhecimento. Além disso, antes de se encontrar com um contato, você pode se fazer essa pergunta do seu ponto de vista, para buscar mais informações sobre o outro e do ponto de vista da outra pessoa, para entender o que pode, deve e quer compartilhar sobre você durante o encontro.

 

 

É claro que em contatos iniciais e profissionais não entramos em assuntos profundos e nem revelamos muito a nossa intimidade, mas podemos estabelecer conexões usando as “Perguntas Qualificadoras”, também mencionadas no livro da Caroline Webb.

 

São perguntas que indicam curiosidade genuína e, para isso, precisam ser abertas, convidar a pessoa a compartilhar pensamentos, motivações e sentimentos, além de exigir um interesse real em escutar e pensar sobre a resposta. Se você não se sentir confortável em usar esse recurso, existe ainda uma possibilidade mais simples, fácil e ao seu alcance: escute.

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