Imagine que você está com fome, vai a uma lanchonete e pede um hambúrguer. Como ele seria? Do tipo gordo, com muçarela derretendo em cima de uma boa porção de carne/frango, bacon e um alfacinho pra disfarçar? Ou é vegetariano, de quinoa com cogumelos e fake cream cheese de tofu? Hamburgueres, além de gostosos, podem nos ensinar algo – acredite em mim.

 

No livro “Happier”, o professor de Ciência da Felicidade em Harvard Tal Ben-Shahar fala da teoria dos quatro consumidores de hambúrgueres. Quem se permite comer um sanduiche suculento, mas gorduroso várias vezes por semana, é chamado de hedonista, quem busca o máximo de prazer no presente, sem pensar muito nas consequências futuras.

 

O segundo tipo é o ratinho de corrida. Em busca de algo muito muito muito bom no futuro – aonde ele acha que está a felicidade – sacrifica o seu presente o tempo todo. Se priva de comer um hambúrguer gorduroso de vez em quando para sempre escolher o vegetariano bem magrinho, mas insosso (sei que tem lanches vegetarianos maravilhosos, é só para ilustrar). Sofre no presente em prol de uma esperada realização.

 

Aí vamos ao terceiro tipo (o pior de todos): o niilista. Aquele que perdeu o desejo de apreciar as coisas boas da vida. Alguém que não curte nem o presente e nem se anima com o futuro, que vive reclamando do hambúrguer que está comendo e não pensa que poderá comer um melhor amanhã.

 

Por fim, o quarto arquétipo é o cliente da lanchonete que todo psicólogo gostaria de ter como paciente: o equilibrado. Aquele que pede um hambúrguer saboroso, mas mais saudável, que satisfaça sua vontade presente, mas que não estrague tanto sua dieta. De repente um wrap ou um beirut… É este sanduíche que simboliza a felicidade, na visão do professor de Harvard.

 

 

Conclusões do exercício do hambúrguer

 

Certa autodisciplina é necessária no dia a dia, mas não deve deixar que a vida seja sempre amarga hoje em prol de algo lá na frente. Equilíbrio é a melhor de todas as soluções, sempre.

 

Pessoas que se consideram felizes vivem seguras de que suas ações trazem divertimento no presente e, ao mesmo tempo, as levam para um futuro que faz sentido, em que elas sentem que terão coisas bacanas também. Não se ‘autoboicotam’ o tempo todo, mas também não ‘jacam’ o tempo todo. Seja na comida, no dinheiro, no gasto de energia e qualquer área da vida.

 

Exercício de casa

É claro que temos fases mais hedonistas, mais niilistas, mais equilibradas. A autoavaliação é FUNDAMENTAL para conseguirmos nos sentir um pouquinho mais felizes a cada dia. Minha sugestão é você parar, olhar esse quadrante e pensar em que fase está e como poderá fazer para chegar cada vez mais próximo ao equilíbrio.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *